A plenos pulmões: leituras de Vladimir Maiakovski




Clube de leitura de poesia
Curadoria do poeta Claudio Daniel, curador de Literatura e Poesia do CCSP
dia 13/4 – sexta
das 19h30 às 21h

Centro Cultural São Paulo
Rua Vergueiro, 1.000 – metrô Vergueiro
Sala de Debates


Entrada franca -sem necessidade de inscrição, nem retirada de ingressos


Recital dedicado ao poeta russo com a participação de Edson Bueno de Camargo, Rubens Jardim, Claudio Daniel, Roberta Ferraz, Isabela Penov, José Geraldo Neres, Greta Benitez, Marcelo Tápia, Francesca Cricelli, Paulo Ortiz, Alex Dias, Natália Correia, Ariane Alves dos Santos e Yun Jung Im.
  

Sobre Maiakóvski
Vladimir Maiakovski (1893-1930) é o maior poeta russo moderno, aquele que mais completamente expressou, nas décadas em torno da Revolução de Outubro, os novos e contraditórios conteúdos do tempo e as novas formas que estes demandavam.
Fiel às suas origens experimentalistas e a seu mestre, Velimir Khhlébnikov (1885 -1912), o visionário “Colombo de novos continentes poéticos”, como ele o denominou, Maiakovski deixa descortinar em sua poesia um roteiro coerente, dos primeiros poemas, nitidamente de pesquisa, aos últimos, de largo hausto, mas sempre marcados pela invenção. "Sem forma revolucionária não há arte revolucionária", era o seu lema, e nesse sentido Maiakóvski é um dos raros poetas que conseguiram realizar poesia participante sem abdicar do espírito criativo.
Sua poesia não tem apenas natureza épica, mas apresenta ainda uma apaixonada face lírica, bem como rasgos satíricos e crítico-estéticos (metalingüísticos). Do poema sobre o evento cotidiano e o fato político (do qual nasce, em certo momento, o poema-cartaz de agitação), ao canto amoroso, ao poema sobre a fatura e a crítica ao poema, seu estro domina uma gama variada de acordes.
(...)
Atesta-se, também, a contínua inquietação operacional de seu autor no trabalho com as palavras: “A poesia é uma forma de produção. Dificílima, complexíssima, porém produção”; “A novidade, novidade do material e do procedimento, é indispensável em qualquer obra poética” (De Como fazer versos?, 1926)
(...)