EROS - espetáculo poético-musical - SESC POMPEIA


RASTRO

esvoaçante
a cortina verde
era engolida
pela boca da luz.

a sua pele branca
era um tecido
úmido
a me engolir

como um mar.

o mais, eram
estrelas, relâmpagos
vulcões...

flor que se cravou na pele
(pelos espinhos)

e apaziguou
(pela maciez das pétalas)

nossos corpos

e a luz
(como uma grande onda)
arrebentou na janela.

Alex Dias