OSNÁUTICOS na 21a Bienal do Livro de São Paulo - ARTIGO

Poesia em cena

Caríssimos amigos e parceiros,
É chegada a hora de um belo balanço das apresentações de OSNÁUTICOS na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.





















foto Danilo Pericoli

.....A convite da POIESIS – Organização Social de Cultura, que administra a Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, o Museu da Língua Portuguesa, a Casa Guilherme de Almeida e a Biblioteca de São Paulo; e a convite, também, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, que em parceria com a POIESIS, mantiveram um estande na 21ª Bienal do Livro, apresentamos ao público quatro intervenções cênicas e poéticas: Poesia Brasileira, Poesia Brasileira Contemporânea, que contou com a participação especial do poeta Frederico Barbosa, Transliterações: poetas tradutores e tradutores poetas, que contou com a participação de Neuza Pommer e Sonetos de Shakespeare, um dos escritores homenageados.

.....Cada apresentação cênica se deu em forma de ensaio aberto ao público, conduzidas pelos poetas e atores Alex Dias e Francesca Cricelli, fundadores de OSNÁUTICOS.





















foto Danilo Pericoli

.....O propósito de cada apresentação era, durante trinta minutos apresentar um repertório poético e informacional de extrema qualidade, visando fomentar e difundir a poesia, a literatura e a música.
.....Todas as apresentações foram acolhidas calorosamente pelo público, e mantiveram o estande cheio durante as intervenções. O cenário não poderia ser melhor: uma reprodução do Globe Theatre, teatro que ficou mundialmente famoso por ter como um de seus sócios o dramaturgo e poeta William Shakespeare; que nele representou as peças de sua autoria que o imortalizou. A cenografia do estande foi assinada por ninguém menos que J.C. Serroni, considerado um dos maiores cenógrafos do Brasil.
.....Ao termino de cada sessão, o público inflamado pelas poesias e a descoberta de novos conhecimentos, transmitidos de forma orgânica e cativante por OSNÁUTICOS, estendiam sua permanência no estande em bate-papos informais com os poetas Alex Dias e Francesca Cricelli, pedindo dicas de leituras, querendo saber mais sobre os projetos e próximas apresentações.














Alex Dias num bate-papo com público após uma das apresentações

.....Na apresentação de Poesia Brasileira Contemporânea, o convidado especial Frederico Barbosa contagiou o público com as suas poesias, amarradas cenicamente com os diálogos lidos por OSNÁUTICOS e também pelo bate-papo que travou, com muita desenvoltura, sobre poesia, o ato de escrever e sobre a própria Bienal.




















Frederico Barbosa com OSNÁUTICOS

.....Outra particiapação especial que cativou os visitantes foi a presença de Neuza Pommer, que lecionou francês a vida toda e nos brindou com leituras originais de Rimbaud, Verlaine e Baudelaire, e em traduções de Guilherme de Almeida e Augusto de Campos. As leituras foram um dos momentos especiais das apresentações do ensaio aberto Transliterações.
.....OSNÁUTICOS mostraram aos visitantes a importância da tradução poética, os grandes poetas tradutores e fizeram leituras nas línguas: inglês, italiano e francês. Foram apresentadas traduções de Haroldo e Augusto de Campos, Guilherme de Almeida, Ivo Barroso, Elson Fróes, Aurora Bernardini, Giuseppe Ungaretti e Fernando Pessoa.















Alunas de curso de tradução pedindo dicas de leituras para Francesca Cricelli
















Neuza Pommer transliterando com OSNÁUTICOS

.....A apresentação de Poesia Brasileira contou com um recorte sobre três pontos de vista (vida e morte, a poesia e o amor) nas obras de João Cabral de Melo Neto, Vinícius de Moraes, Manuel Bandeira e Ferreira Gullar, prêmio Camões de literatura 2010, o mais importante prêmio de literatura em língua portuguesa.
.....Todas as intervenções cênicas, ou ensaios abertos, eram envoltos, além das poesias, por dados biográficos e estudos críticos, por músicas que nasceram da obra dos próprios poetas tratados, como a poesia de Haroldo de Campos musicada por Caetano Veloso: “Circuladô de Fulô”; “Como dizia o poeta”, de Vinícius de Moraes e Toquinho; “Let’s play that”, poesia de Torquato Neto musicada por Jards Macalé e outras.
.....Como estávamos nos apresentando na Bienal do Livro, acertamos em cheio no presente para o público, distribuimos marcadores de livros exclusivos, com arte de Flávio Cescato, amigo e parceiro do projeto OSNÁUTICOS, com o nosso endereço eletrônico e poesias.






Alex Dias distribuindos os marcadores de página de OSNÁUTICOS


.....Como escreveu Fernando Pessoa em “Palavras de Pórtico”, “Viver não é preciso; o que é necessário é criar”. E estamos criando a cada espetáculo, projeto, poema, letra de música, oficina, show, palestra ou bate-papo, um público atento à leveza e profundidade do mergulho, sem receio ao poético, à arte, ao estudo, sem as caricaturas de sofrimento que lhe atribuem leigos. Mas certos de que a construção de um indivíduo melhor, uma educação mais consistente e a formação de pessoas sensíveis ao meio em que vivem, passam, sempre passam, pela poesia, pela arte. O que fazemos é encurtar essas distâncias: entre leitor e livros, entre os sentidos e as sensações, entre o sentir e o compartilhar.

Alex Dias e Francesca Cricelli
OSNÁUTICOS



Agradecimentos especiais:

POIESIS – Organização Social de Cultura
http://www.poiesis.org.br

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
http://saladeleiturasp.blogspot.com/

Arteon – Inteligência Cultural
http://arteon.com.br/

Aos nossos convidados especiais Frederico Barbosa e Neuza Pommer que abrilhantaram as nossas apresentações;

Ao amigo e parceiro Flávio Cescato que fez a arte dos marcadores de páginas;

e ao nossso fotófrafo, amigo e parceiro, Danilo Pericoli, que gentilmente fez a cobertura de nossas apresentações:














Um comentário:

OSNÁUTICOS disse...

(Depoimento de Neuza Pommer - recebido por e-mail):

"Ainda um pouco sobre a apresentação da dupla
Fran & Alex, (na Bienal):

- poemas adequadamente escolhidos, muito bem
estudados e otimamente apresentados;

Destaques:
- a alternância das vozes, combinando com o
"tom" do texto...
- as pausas, precisas, em momentos estratégicos,
agregaram significados, ampliando a carga poética;
- os poemas, burilados conforme sua estrutura
intrínseca, respeitado o ritmo próprio de cada um, formaram um conjunto homogêneo, na diversidade de seus elementos.

Foi um momento de grande emoção estética."